Uma dos principais desafios do médium iniciante é desenvolver a autoconfiança necessária para deixar os guias trabalharem livremente. Naturalmente, há uma larga insegurança no neófito (é o principiante, alguém que começou recentemente em algo ou está em algum lugar pela primeira vez), receio de errar e intenso medo de ser julgado pelos seus irmãos de corrente, e por esta razão, é comum ele travar a manifestação das entidades.
A mediunidade torna-se madura quando o novato aprende a deixar a energia fluir em sua naturalidade, no entanto, muitos ficam aguardando um momento no futuro em que sofrerão um apagão e sentirão o corpo ser totalmente dominado pelo guia. A verdade é que isto nunca acontecerá: a incorporação não é possessão.
A insegurança é a maior inimiga dos médiuns iniciantes. É comum ter medo de errar na fase inicial de suas incorporações, afinal, é momento de aprendizado. É comum, neste período, você sentir que é mais você presente do que o guia. A comunhão e firmeza ainda estão sendo construídas. E para isso é exigido um longo processo.
O animismo ali será normal. Vamos pensar, ninguém nasce habituado a ceder parte de suas funções motoras a outro espirito então é esperado uma certa resistência do corpo e da mente aos mecanismos da mediunidade. É por conta destas razões que existe o desenvolvimento mediúnico.
Saiba que em qualquer momento da sua vida espiritual a fé será necessária. Fé tanto na espiritualidade quanto em você mesmo. Não espere que os guias venham de tal maneira que você possa ter certeza na existência da vida futura. Não queira ver para crer. Porque imagine o tamanho do karma que você arranjaria para si diante da plena confirmação da existência da espiritualidade, mesmo assim continuar cometendo os seus erros espirituais.
Trabalhe a partir da energia que recebeu, mesmo que seja sutil, por mais que sinta apenas uma vibração, saiba direcioná-la para o seu bem e do próximo. A caridade está disponível a todos, nem que seja por meio de uma oração.
A incorporação não e um choque elétrico que quanto mais você tremer mais real e mais forte, ja que os guias não violentam nossa materia, mas vem na suavidade (embora algumas energias possam ser realmente muito intensas).
Você é um medium, isto é, um intermediario entre o plano astral e o plano material. Seu papel e captar as energias, mensagens, ideias e conhecimento do mundo sutil e transmiti-los ao nosso mundo, é um instrumento da espiritualidade para a prática da caridade e para isso, deve se entregar e deixar os guias trabalharem.
Com o exercício e o desenvolvimento da mediunidade, desenvolve-se também o seu discernimento e você saberá diferenciar aquilo que provem do Alto daquilo que e fruto dos seus proprios pensamentos.
Haverá uma verdadeira sintonia com as entidades que trabalham com você. Em vez de ficar se perguntando se é você ou o guia, tera a confianca em simplesmente deixar fluir e você se observara falando o que nao esperava e essas palavras ressoarem no coracao daqueles que buscam o auxilio dos trabalhadores da Umbanda.
Não ha algo mais gratificante do que trabalhar por esta maravilhosa religiao.
Mas para chegar nessa ponte, duas palavras sao importantes, sempre ditas pelos proprios guias:
Coragem, enfrente toda inseguranga, todo medo de errar e de ser julgado. Você não esta ali para agradar nlnguém, mas sim para servir a espiritualidade no exercício do bem ao proximo. Deixe fluir o que sente, permita as entidades se manifestarem em sua naturalidade e se porventura você cometer algum equivoco, tudo bem, voce esta em desenvolvimento.
Paciência, essa uma licão sempre reforgada pelos guias, certo? Somente o tempo trara confianca e maturidade na sua mediunidade. Paciência.
Respeitando seu ritmo neste processo, quando você estiver pronto para o atendimento, você sabera, assim como aqueles que dirigem a sua casa.
Não vai ser nessa encarnacao que você aprendera tudo o que a espiritualidade tem a lhe ensinar!