Algumas pessoas pensam que o desenvolvimento mediúnico é aprender incorporar e saber o nome das Entidades. Seja pra se sentir melhor depois de um atendimento ou para trabalhar incorporado com os guias.
Desenvolvimento mediúnico acontece desde o momento em que cuidamos da nossa roupa branca em casa, do fio de conta, até o momento em que ajudamos na limpeza do terreiro e mantemos nosso pensamento elevado até a proxima gira.
Tudo faz parte de uma construção quando o filho da casa aprende fazer uma oferenda, respeitar a hierarquia, aprender a questionar e entender sobre a espiritualidade.
Respeitar e zelar as raizes do local sagrado e cuidar dos irmãos e de si mesmo.
O desenvolvimento mediúnico num terreiro é aprender a ser filho de uma outra Mãe, de um outro Pai e ter humildade pra compreender que nem tudo são flores.
Existem dúvidas, vontade de deixar tudo pra lá. As vezes pensamos “isso é coisa da minha cabeça”, mas também tem muita descoberta que quando confirmamos que nunca foi achismo, na verdade é a espiritualidade nos mostrando o tempo todo que estão sempre conosco.
E se alguma vez foi da nossa cabeça, foi para que pudessemos aprender a discernir o que é pertinente à Entidade e o que se dizia respeito à nossa vontade. O desenvolvimento mediúnico não acaba quando nos tornamos um médium de passe, um médium desenvolvido.
O desenvolvimento é constante pois o nosso aprendizado servirá ao próximo que chega. Sejamos humilde, sabemos a dificuldade que é começar e a maior ainda a que é permanecer. E só permanece quem honra seu compromisso com amor.
Isso também serve pro consulente que chega pra tomar um passe e acha que basta incorporar pra ficar melhor. Não se engane, pois o desenvolvimento vai muito além disso. Estude. Seja uma pessoa que pratica a Umbanda todos os dias.
Que o nosso desenvolvimento seja mais que o mediúnico, seja o desenvolvimento humano, mostrando que a Umbanda mudou a nossa vida para melhor.
Texto adaptado @abassadaoya
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