O terreiro pode ser compreendido como um tecnologia ancestral, o qual um dos objetivos é convocar, conduzir e distribuir o axé. Todos os elementos materiais, simbólicos e ritualísticos convergem nessa direção: os assentamentos, o Congá, a corrente, os pontos cantados e riscados, a defumação, as ervas, os minerais, as velas, as águas, entre outros.
O axé pode ser entendido como a energia universal que permeia todas as coisas. Em outros caminhos, também é chamado de mana, fluído universal, prana, força vital, entre outros. O axé também é o poder de realização que emana diretamente dos Orixás e dos domínios naturais, da qual Exu é seu grande fiscalizador e distribuidor. Quem está empoderado de axé, apresenta saúde, alegria, vitalidade, caminhos abertos.
Além das energias próprias do guia e do médium, o terreiro, com os seus fundamentos, deixa à disposição da entidade um rico “reservatório” de axé. Este mesmo axé será, posteriormente, manipulado em benefício do consulente. Mais uma razão para explicar que não basta incorporar em qualquer lugar, de qualquer jeito, para realizar um efetivo trabalho espiritual.
A gira exige uma grande preparação para que o axé esteja presente em abundância. Para que o espaço físico se transforme em um território ancestral, é preciso que ritos e fundamentos o encante. Elementos específicos são colocados em pontos estratégicos do terreiro, acompanhados de cantos e rezas, e regularmente mantidos.
Sem axé não há trabalho espiritual. E existe um segredo para que sua vida seja cheia de dessa energia sagrada: o bom caráter. Quem age de maneira correta, de acordo com os ensinamentos que a espiritualidade nos ensina diariamente, é abençoado por ela muitas e muitas vezes.
Instagram: @umbandacomsimplicidade
Commenti