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QUANDO VOCÊ ESTÁ DESANIMADO COM O TERREIRO

A jornada na vida do terreiro atravessa diversas fases. Quer você aceite ou não, alguns ciclos começarão enquanto outros chegarão ao seu fim. Isso é inerente a toda ação que perdura ao longo dos anos.


A relação com a religião assemelha-se à dinâmica do casamento: no início, paixão e entusiasmo sustentam a prática; à medida que passam dez, vinte, trinta anos, é preciso cultivar um amor verdadeiro e maturidade.


Manter viva a chama da fé não é tarefa fácil. O mundo conspira contra isso. O simples fato de ser umbandista, em uma religião que ainda enfrenta preconceitos e perseguições, nos coloca em resistência, indo na contramão da sociedade e constantemente, precisamos nadar contra a corrente.


É natural sentir desânimo na fé. Acredito que todos experimentarão esse sentimento em algum momento da vida. Somos humanos, vivemos nossos conflitos, e ninguém tem plena certeza de nada. Além disso, conviver com os outros é desafiador, e a Umbanda é uma experiência em comunidade.


Se você se perceber com esse sentimento, saiba que a porta está sempre aberta. Você é livre tanto para permanecer quanto para partir, e nenhuma consequência negativa ocorrerá, independentemente da decisão que tomar.


Não tenha pressa para decidir; leve o tempo que julgar necessário. Algumas escolhas são guiadas mais pelo coração do que por um raciocínio específico. Antes de tudo, olhe para dentro de si, questione-se sobre suas motivações, o que busca e o que espera encontrar na religião. Se concluir que o terreiro pode oferecer isso, permaneça.


Entretanto, esteja ciente: Algumas respostas não serão encontradas em nenhum lugar específico. Não residem em outra casa, em outra religião ou em outro caminho. Existem pessoas que não se satisfazem com soluções fáceis. Elas precisarão descobrir por si mesmas ou aprender a conviver com as perguntas em aberto.


Fonte: Instagram @umbandacomsimplicidade e escrito por Diego Paiva Pimentel

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